Internet 6G: Samsung dá detalhes de rede 50 vezes mais rápida que 5G
Conectividade de sexta geração deve trazer com baixa latência e proporcionar ainda mais integração tecnológica no campo de Realidade Virtual e Aumentada (AR e VR).
A internet 5G ainda está em fase de implementação no Brasil e em outros países, mas a Samsung já trabalha no projeto da rede 6G. A gigante sul-coreana apresentou um artigo nesta semana que resume os esforços para tornar a conectividade de sexta geração uma realidade nos próximos anos. Países como China e Japão também participam a corrida por uma conectividade mais rápida e eficiente, com investimentos do próprio governo em pesquisas no setor. Dessa forma, projeções otimistas apontam que a futura rede comece a ser implementada entre 2028 e 2030.
Além da Samsung, gigantes da tecnologia como Nokia, Xiaomi e Apple também já investem recursos para o desenvolvimento da internet de sexta geração. Com o avanço dos usos de realidade virtual (VR) e aumentada (AR) no próximos anos, a baixa latência da rede 6G pode ser fundamental para uma melhor experiência do usuário.
A internet 6G testada nos estudos da Samsung é capaz de alcançar 1 Tb/s, o que significa uma internet 50 vezes mais rápida do que rede 5G disponibilizada atualmente. No entanto, a futura conexão esbarra na mesma problemática da internet atual: o alcance da cobertura.
Para solucionar a questão, a empresa explica que seria necessário utilizar todas as bandas disponíveis. Ou seja, para que isso aconteça, tanto as bandas que variam entre 1 e 24 GHz, quanto as que operam entre 24 e 300 GHz, precisariam ser utilizadas.
O estudo conseguiu alcançar uma taxa de dados de 6 Gb/s a 15 metros. Em distâncias mais longas, como 30 e 120 metros, a taxa foi de 12 e 2,3 Gb/s, respectivamente. Na prática, a baixa latência poderá proporcionar experiências imersivas e bem fiéis em realidades aumentadas e hologramas no futuro.
Internet 6G: Samsung dá detalhes de rede – A internet 5G no Brasil
No contraponto dos avanços obtidos neste quesito, o 5G ainda engatinha em alguns países do mundo, como é o caso do Brasil. O leilão realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em 2021 foi fundamental para dar início a implementação, que hoje conta pelo menos sete cidades aptas para oferecer a internet na faixa de 2,3 GHz – frequência mais rápida entre as ofertadas. A expectativa é a de que mais faixas, como a de 3,5 GHz, passem a operar a partir de julho deste ano.